segunda-feira, 23 de abril de 2012

Comercial do Itaú com bebê e papel rasgado escapa de punição

O Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) decidiu que a campanha do Itaú, em que um bebê dá gargalhadas enquanto seu pai pica papel e o banco oferece aos clientes o extrato eletrônico ao invés do de papel, não deve ser alterada nem punida. Cabe recurso da decisão.
Na última quinta-feira, o órgão julgou a reclamação vinda de uma advogada especialista em direitos do consumidor, em que pedia que a campanha alertasse sobre a importância de os clientes conservarem seus documentos em papel por cinco anos. Segundo o Conar, a advogada alegava que os papéis são necessários para que o consumidor possa contatar o banco - e ter provas - caso passe por algum problema com a instituição financeira.



O banco afirmou que a campanha oferece aos consumidores a opção de passar a receber o extrato eletrônico ao invés do impresso. O banco disse ainda, segundo o Conar, que os clientes que optarem pela via eletrônica têm direito de receber via impressa, caso seja necessário, no período de dez anos.



Polêmicas
A campanha do Itaú já foi alvo de outras polêmicas. Em fevereiro, a Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf) encaminhou uma carta aberta à presidência do banco Itaú Unibanco questionando a campanha. Conforme a associação, o discurso do comercial, de que a suspensão dos extratos impressos contribuiria para um mundo mais sustentável, não condiz com as características da produção de papel e celulose no Brasil, que segundo a associação teria 100% de origem em florestas plantadas.




Segundo a Abigraf, na época, pelo menos dez entidades ligadas à cadeia da comunicação impressa encaminharam cartas aos diretores do banco solicitando uma revisão conceitual da campanha. Naquele mês, por meio da assessoria de imprensa, o Itaú disse que não "desincentiva" o uso do papel.



A mesma campanha se envolveu em outra polêmica quando começou a ser veiculada: o vídeo adaptado da internet deixava à mostra uma almofada cuja estampa tem um desenho similar ao de uma folha de maconha. Nas redes sociais, internautas comentaram sobre a intenção ou não de manter a imagem atrás da cena principal. Em resposta, o banco fez outro vídeo que mostra uma entrevista com os pais do bebê, que publicaram as imagens na internet.



No final, a entrevistadora pergunta ao casal se eles sabem da repercussão sobre a almofada. A mãe do garoto diz que a almofada é apenas um objeto decorativo que ela encontrou em uma loja e gostou, a mulher afirma ainda que nunca imaginaria que o objeto geraria tanta polêmica. O pai afirma então que eles nunca usaram drogas e por isso não reconheceram a semelhança. Ao final, o casal afirma de modo bem humorado que ficaram chocados com a repercussão.

Fonte: www.terra.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário